DARCI GIRASSOL E SUA POESIA
SANTUÁRIO MAR
Marulhar das ondas
que flutuam e dançam
o balé infinito do amor
tangendo canções
na brisa etérea
a nos beijar,despentear
Colho em minhas mãos
flores de espumas
que amorosamente se dão.
Mar de sagradas vidas!
O que tem feito esta civilização
de tua magestal beleza
Além de te desfrutar,explorar
desrespeitar,desamar:
Esgotos fétidos,toneladas de descartáveis
petróleo derramado,imundices tantas.
Matam tua fauna e flora
tingem tuas matizes de sangue
E o teu murmúrio pranteia:
Baleias,golfinhos,tartarugas,peixes mil.
Socorro!Vida para a flora marinha
e para todas as espécies animais
Não! não matem o mar
santuário mar milenar
Darcy Girassol (*)
MUTILAÇÃO
Grita alto dos escombros da floresta
O gemido de um pássaro mutilado
Que sofrera a ganância do progresso
Gotejara o seu sangue alvejado
Assassinos são os homens desta terra
Ao sorrirem apontando carabinas!
Confundem a orquestra musical
E executam a sinfonia funeral
Matam crianças,matam a esperança
As florestas,os pássaros,os animais.
Poluem Mãe Terra,Mãe Água e ar
São homens sábios da era atual
AZUL MADRUGADA
O galo emite
o canto agudo
na azul madrugada
Silêncio!
Perambulo no espaço
das noites sem fim
O pó das estrelas
derrama nos meus olhos
a rosa do amanhecer
Compassadamente, meu ser
respira o halo mistério
das galáxias sonantes
TARDE INVERNAL
Espectros humanos
movem-se
meio a tarde invernal
Na calçada
colho pétalas
vinho rubro
O ser emerge
para contemplar
a chuva torrencial
Tarde invernal!
crianças e mães sem agasalhos
vagam resfriadas pelo subúrbios
SUAVE CANÇÃO
Suave é a canção dos ventos
ao diluir fatídicos pensamentos
Suave é a canção do tempo
efêmara flores do momento
Suave é o alento
que faz sorrir teu corpo templo
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