POETA PORTUGUÊS - SILVINO POTÊNCIO
A MINHA SAUDADE!
Silvino Potêncio (*)
É assim esta minha saudade,
Um pé lá e outro cá...em pensamento.
Eu vivo tão só aqui nesta cidade
Para lá eu viajo a todo o momento!
Ali na sombra do verão dessa terra,
Me relaxo e então eu ali vagueio...
A minha Alma a sua porta encerra
E o meu esírito em doces nuvens se enleia!
Vai pensamento vai... vai em busca deste lugar
Me traz noticias da paz que ali se respira,
E volta pra mim já de noite ... ao luar.
Que o meu coração há muito suspira,
Nesta ânsia de lá voltar um dia,
Eu vivo aqui eternamente nesta agonia!
(*) Poeta Português radicado em Natal/RN - Brasil
(in: poesias soltas – Jan. 2012)
www.silvinopotencio.net
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MEUS OITO ANOS
Casimiro de Abreu
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é - lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
- Pés descalços, braços nus
- Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
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Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!
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