segunda-feira, 29 de agosto de 2011

"MIL POEMAS A CESAR VALLEJO" - POETA DA PAZ E DO AMOR - RESSURGINDO NA ANTOLOGIA "MIL POEMAS A CESAR VALLEJO", INICIATIVA DO GRANDE POETA ALFRED ASIS

QUE HAJA PAZ NO MUNDO!
ALFRED ASIS, SEMPRE TRABALHANDO PELA PAZ E PELA POESIA, INICIA O MOVIMENTO EM PROL DE "MIL POEMAS A CESAR VALLEJO".
APROVEITO O ENSEJO PARA LEMBRAR AOS POETAS DEL MUNDO QUE ALFRED ANIVERSARIA NO PRÓXIMO DOMINGO. ANTECIPO OS PARABÉNS E A MINHA ALEGRIA DE PARTICIPAR DE TODA ESSA MOVIMENTAÇÃO EM TORNO DE VELLEJO E NERUDA!
"MIL POEMAS A CESAR VALLEJO " É O MAIS NOVA PERSPECTIVA DO POETA CHILENO ALFRED ASIS, INCANSÁVEL EM SUA LUTA LITERÁRIA EM PROL DOS GRANDES POETAS. APÓS ORGANIZAR A ANTOLOGIA "MIL POEMAS PARA PABLO NERUDA", JÁ NO PRELO, AGORA TRATARÁ DA OBRA DO POETA DE SANTIAGO DO CHUCO, PERUANO CESAR VALLEJO.
CESAR VALLEJO E SUA LUTA EM PROL DA "PAZ E AMOR PARA O MUNDO"
CESAR VALLEJO -
POETA PERUANO E SANTIAGO DE CHUCO


BARRO NU (Os Arautos Negros)
Cesar Vallejo


Erguem-se visagens fúnebres do lábio
como batráquios terríveis na atmosfera.
Pelo Saara azul da Substância
caminha um verso cinza, um dromedário
Fosforesce um esgar de pesadelos cruéis.
E o cego que morreu repleto de vozes
de neve. Madrugar o poeta , o nômade,
é um dia áspero para ser homem.
As Horas seguem febris e abortam
nos ângulos rubros séculos de ventura.
Quem corta o fio, quem desfaz
impiedosamente os nervos,
cordéis já gastos, na tumba?
Amor! E tu também. Pedras gastas
se delineiam na tua máscara que se rasga
Contudo, a tumba é
um sexo de mulher que conquista o homem!


OS ANÉIS FATIGADOS
Cesar Vallejo


Há ânsias de voltar, de amar, de não ausentar-se,
e há ânsias de morrer, combatido por duas
águas unidas que jamais hão-de estimar-se.
Há ânsias de um beijo enorme que amortalhe a Vida,
que acaba na áfrica de uma agonia ardente,
suicida!
Há ânsias de... não ter ânsias, Senhor,
a ti aponto-te com o dedo deicida:
há ânsias de não ter tido coração.
A primavera volta, volta e partirá. E Deus,
curvado em tempo, repete-se, e passa, passa
carregando a espinha dorsal do Universo.
Quando as têmporas tocam seu lúgubre tambor,
quando me dói o sonho gravado num punhal,
há ânsias de ficar plantado neste verso!

Um comentário:

  1. Que forte e belo, pega nas fímbrias das entranhas.Estes dois poemas de Vallejo.

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