sábado, 4 de junho de 2011

POETA PORTUGUÊS - CARLOS MORAIS DOS SANTOS - E SUAS OFERENDAS À LÚCIA HELENA PEREIRA E DARCY GIRASSOL, NESTE SÁBADO DE JUNHO/2011!

POETA CARLOS MORAIS DOS SANTOS
Às poetisas potiguares do RN-Brasil:
Lúcia Helena Pereira - "Poetisa das Flores e do Amor"
Darcy Girasol - "Poetisa do Sol"


QUEM ME DERA
Carlos Morais dos Santos (*)

Quem me dera viver ligeiramente
Sem me dar conta das misérias deste mundo
Viver assim brejeiro e docemente
Um dia atrás do outro e sem vislumbro

Quem me dera viver um século de vida
Sempre capaz de amar e ser amado
Sem ter lembranças de qualquer antiga ferida
Conservar meu corpo e espírito renovado

Quem me dera conservar no meu olhar
O céu azul em noites estreladas
O sol nascente, o poente e o mar
Os rostos das crianças encantadas

Quem me dera ser como o girassol - flor
Sempre virado para a luz natural
Rejeitar toda a vivência incolor
Nunca tomar o todo pelo parcial

Quem me dera ao morrer ser lembrado
Pelos afetos que eu sempre quis expressar
Pelas idéias, pelos combates, e pelo pecado
De não ter sido mais generoso no amar

Quem me dera ser pó, finalmente
Lançado ao mar com algumas brancas flores
Ficar “vivo” e apenas bem presente
Por um sorriso de bem - querer, sem deixar dores



(*)Escritor, poeta, fotógrafo
Cônsul da Assoc. Intern. Poetas Del Mundo

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www.culturaseafectoslusofonos.blogspot.com

"Trazemos hoje aqui, a publicação pela primeira vez neste nosso Blog-Revista, de poemas da poetisa do Rio Grande do Norte - Brasil, Darcy Paula Cavalcanti, literariamente conhecida como Darcy Girasol ou "Poetisa Flor de Girasol".

Ao penetrarmos na poesia luminosa desta poetisa "Flor do Sol", somos levados pela enorme "força de atração gravitacional solar" que a musicalidade da poética metafórica desta autora nos provova.
E provoca, pela força lírica dos seus elementos estéticos, éticos e espirituais principais, que caracterizam a sua poesia: desde logo, nos encontramos mergulhados numa poética cujas significantes metafóricos transmitem uma luminosidade solar, galática, estelar, astral, tendente para a ascenção do estro poético ao espaço do infinito espiritual.

Mas esta poesia não abandona a força das raízes de que parte e ascende em expanção espiritual a esse infinito, ao reforçar a sua natureza telúrica que não ignora a união cósmica, quântica e holística entre os "espaços - tempos limitados" da expressão terrena do espírito poético e a sua elevação astral, expandindo-se para o infinito, para nele fazer eco da voz humana, dessa voz, que só ecoa, ascende e se expande, porque é músicalidade poética.

A poetisa revela, nestes seus "apelos poéticos", a sua preocupação em buscar a luz original, astral, dos espaços infinitos, para iluminar a finitude do Ser Humano nas suas grandezas e misérias, quando passageiro na curta viagem nesta nave-terra onde, apesar de tudo, deixa a marca das suas raízes telúricas. Por isso, a poetisa povoa a sua poesia de elementos líricos metafóricos que buscam essa união espiritual entre "espaço-tempo-terra-infinito cósmico astral". E invoca céus, astros, estrelas, vias lácteas, ao mesmo tempo que nos fala, unindo tudo, de rios, de águas, de ventos, enfim, do Sol que toda a natureza terrena busca, como fonte de vida e de luz, nem que, para isso, tenha de girar eternamente em torno desse astro para manter essa luminosidade, como faz o Girasol Flor.

Sem, dúvida que estamos perante uma poesia lírica, romântica, mas grandemente humanista e infinitamente espiritual!

A "Poetisa do Sol" Darcy Girasol, ou Flor do Sol, está, a partir deste momento, também a iluminar este nosso Blog-Revista de Culturas e Afetos Lusófonos, graças à apresentação que em boa hora e, como sempre, generosamente, nos fez a nossa querida amiga, parceira deste nosso Blog-Revista e confrade, a notável "Poetisa das Flores e do Amor" - Lúcia Helena Pereira - também ela, portadora insígne de uma poesia astral, luminosa e telúrica, que exprime a sua alma poética sempre inspirada na sua "natura original" do Vale Verde de Ceará Mirim, cidade onde nasceu e cresceu, brincando com o vento e as ondas verdes dos canaviais, captou as estrelas com seu olhar e suas mãos, foi companheira do sol nascente até ao poente, e de todos estes elementos se acompanha para sempre, misturando-os com a memória das suaves brisas que penteando os verdes vales de canaviais lhe vinham, a seguir, afagar o rosto encantado.

Pelas mãos sempre abertas de Lúcia Helena Pereira - uma das mais brilhantes poetisas potiguares do romantismo moderno, digna representante brasileira da linhagem da raínha do romantismo poético português - Florbela Espanca - de que, confessamente, Lúcia Helena Pereira é uma grande admiradora e cultora - veio, qual fada madrinha, a estrela poética de Darcy Girasol. Não será, assim, estranho, que Lúcia Helena Pereira apadrinhe e aplauda uma poetisa como Darcy Girasol, que também se exprime com um romantismo telúrico e astral, como sua apresentadora. Daí, também, a sua identificação com a poetisa que nos apresenta, com generosidade solidária, mostrando a sua admiração pela poética de Darcy Girasol.

Estamos, portanto, muito gratos à querida amiga Poetisa Lúcia Helena Pereira pela apresentação e revelação que nos fez de Darcy Girasol, a quem, agradecemos, sensibilizados, o ter dedicado, a mim e a todos os poetas lusófonos, afetuosamente, os poemas que nos foram enviados. Bem Hajam, "Poetisa do Sol", Darcy Girasol/Flor do Sol e "Poetisa das Flores e do Amor", Lúcia Helena Pereira!

Em sinal do nosso reconhecimento, dedico a ambas as poetisas, a minha postagem seguinte a esta, com o meu poema "Quem de dera ", do meu livro "Sossego Intranqüilo" - Ed.Hugin, 2003, onde, a propósito, tenho um verso que se identifica com ambas:

..."Quem me dera ser como o Girasol-Flor"...

Carlos Morais dos Santos

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