sábado, 25 de junho de 2011

UMA RESENHA DO MEU CONTERRÂNEO PEDRO SIMÕES NETO SOBRE SUAS SAUDADES DO BOM SÃO JOÃO E SÃO PEDRO DO VALE VERDE.

SÃO JOÃO? SEI NÃO!

SÃO JOÃO? SEI NÃO!

Certa vez, aqui mesmo no FACEBOOK, na minha cruzada nacionalista, disse que muitos compatriotas têm vergonha de assumir a sua brasilidade ou chegam até mesmo a renegar o seu país, por ódios confessos ou inconfessados. Nessa mesma nota, disse que esses deviam emigrar para os EUA (que consideram a matriz do "BRAZIL") porque ...os nossos irmãos americanos têm a virtude de amarem incondicionalmente a sua pátria e, quem sabe, esses "renegados" aprenderiam uma lição de civismo. Isso tem muito a ver com as novas agregações culturais, sobretudo na cultura de massa estimulada pela mídia eletrônica. Veja o caso do nosso São João. Anteontem e ontem andei Natal inteira e me espantei com a tranquilidade passeando nas ruas, como se estivéssemos num dia comum. Aqui e ali um traquezinho piedoso, umas chuvas de prata devotas. Fogueiras? Nem pensar! Comilanças de pamonha, canjica, bolo de milho e milho cozinhado e assado, muito mais por amor ao cardápio que por outra coisa. Não sei se este cenário alcançou a zona norte. Nem posso depor sobre o interior do estado. Espero que eu esteja errado. Mas São João mesmo é artigo para inglês ver, em Caruaru, Campina Grande e nos nossos Mossorós. É artigo de luxo, mina de ouro para produtores culturais(?) e municípios de pires na mão, coletando qualquer dinheirinho pra pagar as suas contas. E essa tal onda de turismo - bendita e maldita... Bem aventurada, porque gera emprego e renda para a população; mal vinda, porque tudo é adaptado e formatado para agradar aos visitantes, levando boa parte das nossas práticas tradicionais. Saudade do "olha pro céu meu amor, veja como ele está lindo, veja aquele balão multicor, que lá no céu vai subindo..." Agora, substituído por Raps e rocks pauleiras cheios de inglesices, senão por um forró ruim de dar dor de dente e cólica, interpretado por uns grupos que tem nomes esquisitos e são todos gêmeos ou japoneses - tudo igual: "Cara de Xuleta", "Pegue no meu palmo", "O amor abunda". Poéticos e sugestivamente líricos. O forró é um coito que quando termina o casal já está grávido (nada contra, mas acabou-se a brincadeira, agora é a sério, é de vera) Ah, meu Deus!!! Valei-me São Pedro, Santo Antonio e São João.

Natal, manhã de 25 de Junho de 2011

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